quarta-feira, 21 de julho de 2010

Diário de Bordo No 2 - Regata Alcatrazes


Neste domingo disputamos a 1ª regata da Rolex Sailing Week, a Regata Alcatrazes por Boreste. A prova, apesar de ter apenas 35 milhas náuticas, é uma das regatas mais exigentes do Brasil pela diversidade de condições que os velejadores têm que enfrentar. A largada que fica bem em frente ao Iate Clube de Ilhabela em pleno canal de São Sebastião, é normalmente com calmaria e todos os veleiros inscritos na competição brigando pela melhor posição de largada pra na perder tempo. Só pra dar uma idéia, este ano eram 185 veleiros de todos os tamanhos e desempenhos na mesma linha de largada e ao mesmo tempo.
Mas mesmo assim, com todo mundo empenhado em achar a melhor posição para largar, fomos garantindo nossa posição e o Moleque partiu num ventinho de (NE) de (08 nós de intensidade), mas muito bem posicionados rumo à Ilha de Alcatrazes deixando muito barco melhor que o nosso pra trás e sabendo que lá fora o vento Leste estava forte. A velejada no canal é complicada pelos buracos de vento, mas seguimos bem até o primeiro dos buracos que também nos livramos bem rápido. Mas regatas deste tamanho sempre têm surpresas e bem na saída do canal caímos num buraco de vento e ficamos quase duas horas literalmente parados no mesmo lugar e vendo nossos adversários passando longe.
Finalmente conseguimos nos livrar da calmaria e seguimos nosso caminho até a segunda surpresa do dia: o leme do Moleque que sem motivo algum ficou muito duro, dificultando a tocada do barco. Ficamos preocupados com a possibilidade de ser algo sério como o eixo que tenha se entortado no choque com uma onda mais forte. Mas nada justificava aquilo, o mar, mesmo bem mexido, não estava tão grande e ficamos apreensivos a ponto de não levantar a vela balão com medo que uma atravessada pudesse quebrar o leme de vez e por fim a nossa disputa. Seguimos assim até a montagem da ilha e quando entramos no contra vento rumo à entrada do canal onde ficava a linha de chegada, outra vez sem explicação o leme ficou bom. Não leve como normalmente, mas bom o suficiente pra continuar até a chegada e num bordo que praticamente não precisou de manobras o que foi bom pra nossa tripulação que depois de todo o mar que pegou já estava bem cansada.
E então, depois de 9h40min. de regata cruzamos a linha de chegada e tivemos o prazer de ouvir o apito final. Eram quase oito da noite quando chegamos ao clube, preocupados com o leme e meio desanimados com a regata, mas quando vimos o quadro de resultados a animação voltou rapidinho: o Moleque ficou em terceiro lugar no tempo corrigido e foi o primeiro barco da classe RGS B a cruzar a linha de chegada, garantindo a Fita Azul ara nossa tripulação. Ainda estamos na briga, galera!!!!
Depois disso tudo, a segunda-feira foi de descanso merecido e, claro, de verificar o leme que já está levinho outra vez e será motivo de outro post depois que as coisas se acalmarem por aqui. Nesta terça-feira começa a série de regatas lineares e ainda temos muito mar pela frente...
Um abraço, galera e até a próxima!!

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